“Construir” faz muitas vezes os ânimos arrepiarem. Sempre escutamos histórias desanimadoras. Seja pela “problemática” da mão de obra (pedreiros, eletricistas, pintores, marceneiros, fornecedores e etc.) ou seja pela insatisfação com o profissional responsável pela execução. Seja ainda pelo desencanto dos materiais de acabamento escolhidos ou simplesmente pela ambientação pouco agradável apresentada ao usuário. Todos estes contratempos realmente podem acontecer, é preciso ter bastante cautela e consequentemente certeza e confiança em todos os profissionais contratados.

Desde a concepção do projeto até a decoração final, os seus desejos devem ser ouvidos e assistidos de maneira proveitosa. Um planejamento minucioso orientado por um profissional especialista e competente é essencial para um bom início. Se o primeiro contratado não conseguiu satisfaze-lo, não receie em contratar outro. O início de todo este processo deve sempre ser amparado em muita confiança e satisfação. É o projeto que define o que será a sua “casa”. Se o projeto apresentar falhas tudo a seguir estará comprometido. É importantíssimo ter a certeza de que o projeto aprovado ou escolhido foi seguramente o que deseja. Caso contrário, um novo estudo ou anteprojeto deve ser pedido ao arquiteto. Garantindo assim a lealdade à vontade e expectativa do proprietário.

Alguns outros pontos básicos devem ser observados com muita atenção. Por exemplo, adequar a casa ao terreno e não vice-versa, loca-la buscando maior iluminação e ventilação natural possível, concentrar as áreas que mais utilizam tubulações hidráulicas e escolher acabamentos adequados a cada cômodo são algumas dicas para quem quer construir de modo racional. Dentro deste “racional” vale a criatividade do arquiteto em explorar o que de mais expressivo o lugar ou entorno oferece. As ideias colocadas em projeto podem e devem ser inovadoras e surpreendentes. São elas que tornam o projeto bem elaborado e individualizado. ”Cada casa é um caso”, já ouvimos isso antes. A repetição ou cópia certamente trará a sensação de nunca estar na sua própria casa.

Estando o projeto aprovado e tendo cumprido todas as fases para o seu aval, atingindo a necessidade e desejos do proprietário, passa-se a etapa das contratações dos profissionais que o tornarão realidade. Visitar obras já executadas por tal engenheiro indicado, tomar informações sobre como se deu a sua administração ou que tipo de problemas aconteceram durante a execução é o mínimo para a definição de qual engenheiro poderá assumir a sua obra. Contratos bem discriminados são primordiais. Verificar no CREA MG (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e no CAU´MG (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), a situação do engenheiro, arquiteto ou construtora não deixa de ser mais uma precaução. Depois de tudo acertado e bem documentado é só aguardar pelo início e término da construção. O mais importante de toda esta escolha é sem dúvida a cumplicidade e parceria que os profissionais contratados e proprietários devem manter entre si. Qualquer dúvida deve ser esclarecida imediatamente. Assegurando o bom andamento da obra e cumprindo o planejamento já feito anteriormente.

“Construir” pode ser sim bastante prazeroso e porque não dizer gratificante.

Por: Mônica Salgado Resende